Ácidos, Bases e Óleos: Escolha a Junta Ideal para Cada Fluido
Quando o assunto é vedação de fluidos químicos, o segredo está na compatibilidade. Um material inadequado pode levar à degradação da junta ou da gaxeta por ataque químico, causando vazamentos e até comprometendo a segurança da operação. Entender como cada tipo de fluido reage com os materiais de vedação é essencial para garantir desempenho e durabilidade.
Ácidos: pH < 7
Fluidos corrosivos como ácido sulfúrico, nítrico ou clorídrico exigem materiais altamente inertes. O PTFE expandido ou modificado ( 24SH, TF 1570, TF 1580, TF1590, 2006, 2005, 2261 SAN) é uma das melhores opções, graças à sua resistência química quase universal e baixa permeabilidade. Em condições mais severas de temperatura, o grafite (TJR, TJB e TJE, 2000IC, 2000S, 2235, 2236) também se destaca por manter a integridade mesmo sob ataque químico intenso.
Evite juntas à base de borracha natural ou compostos de fibra, papelão hidráulico, que tendem a se degradar rapidamente na presença de ácidos fortes.
Resumo prático: resistência química é indispensável em aplicações com ácidos.
Bases: pH > 7
Para soluções alcalinas, o PTFE (24SH, TF 1570, TF 1580, TF1590, 2006, 2005) continua sendo uma escolha segura, especialmente em concentrações elevadas. Em aplicações menos críticas, materiais à base de aramida com elastômero de NBR (NA1002) podem ser utilizados, desde que a temperatura e o pH estejam dentro de limites moderados.
A resistência ao inchamento e à degradação química é o que garante o bom desempenho nessas situações, além de manter o torque de aperto estável por mais tempo.
Dica: controle de pH e temperatura prolonga a vida útil da vedação.
Óleos e hidrocarbonetos: foco na compatibilidade térmica
No caso de óleos minerais, combustíveis e derivados de petróleo, o desafio muda: agora o foco é a compatibilidade térmica e a resistência à penetração do fluido. Materiais como aramida com NBR (NA1002) ou grafite (TJR, TJB e TJE, 2000IC, 2000S, 2235, 2236) são amplamente utilizados por oferecerem boa vedação mesmo em temperaturas elevadas e pressões variáveis.
Já o PTFE, apesar da excelente resistência química, pode não ser o mais indicado em aplicações onde o fluido atua sob altas pressões com variação térmica constante, por conta de sua tendência à extrusão se não for bem especificado.
Importante: nem sempre o material mais resistente quimicamente é o mais indicado para altas pressões.
Conclusão
Escolher o material correto é mais do que uma questão de durabilidade — é garantir segurança, eficiência e previsibilidade operacional. Cada fluido exige uma atenção especial, e a análise técnica é sempre o primeiro passo antes de definir o tipo de junta ou gaxeta.
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